Conexão entre diferentes equipamentos irá afetar cotidiano das pessoas e das empresas
A Internet das Coisas (IdC) ganha cada vez mais espaço. Tanto que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) decidiu abrir consulta pública para reavaliar a regulamentação e diminuir barreiras à expansão desse tipo de aplicação e daquelas baseadas em comunicação máquina-a-máquina. Mas qual impacto essas soluções podem ter na vida das pessoas e na rotina das empresas?
Primeiro, é importante saber o que é Internet das Coisas. A expressão vem do termo Internet of Things (IoT). Em português, costuma ser usada a sigla IdC.
Mas o que são as coisas a que se refere essa sigla? Segundo a Agência Brasil, são todo tipo de equipamento que pode ser conectado de distintas formas. Inclui de um caminhão para acompanhamento do deslocamento de frotas de transporte de produtos a microssensores que podem monitorar o estado de pacientes a distância em hospitais ou fora deles.
A IdC também pode ser usada do monitoramento com câmeras e sensores até a gestão de espaços e de processos produtivos, incluindo tanto a conexão como a coleta e o processamento inteligente de dados. Essa evolução é cada vez mais possível graças ao desenvolvimento redes de internet móvel de alta velocidade, como o 5G.
Conforme levantamento da Agência Brasil, o ecossistema da IdC envolve diferentes agentes e processos:
– módulos inteligentes (processadores, memórias);
– objetos inteligentes (eletrodomésticos, carros, equipamentos de automação em fábricas);
– serviços de conectividade (prestação do acesso à internet ou redes privadas que conectam esses dispositivos);
– habilitadores (sistemas de controle, coleta e processamento dos dados e comandos envolvendo os objetos);
– integradores (sistemas que combinam aplicações, processos e dispositivos) e provedores dos serviços de IdC.
Convergência de tecnologias
A Internet das Coisas é tratada, na verdade, como uma convergência de tecnologias já existentes. Porém, com possibilidade de aumento de eficiência, redução de intervenção humana, novos produtos e novos modelos de negócios.
À Agência Brasil, o presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc), Flávio Maeda, observa que a IdC não é uma tecnologia nova, mas um novo sistema de soluções técnicas. “A gente está tratando o tema em geral como se fosse uma continuação da revolução da internet, a Internet 4.0. As coisas vão ficar conectadas e isso tem grandes implicações.”
A tendência é que processos de automação, como os das fábricas de automóveis, tornem-se cada vez mais comuns. Além disso, até eletrodomésticos poderão ser conectados à internet e, com a aproximação do carro do dono da casa, por exemplo, poderão ser acionados automaticamente.
Outro exemplo apontado pela Agência Brasil é o uso de sensores em tratores que medem a situação do solo e enviam dados para sistemas responsáveis por processar essas informações e fazer sugestões das melhores áreas ou momentos para o plantio.
Privacidade ameaçada?
A ressalva de tudo isso fica para uma possibilidade de coleta de dados do cotidiano das pessoas jamais vista na história da humanidade, o que irá ampliar a vigilância sobre o cidadão. Mas isso é tema para outro post…
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